As ideias apresentadas neste blog são meramente indicativas e não terapêuticas.
Cabe portanto, aos pais, a procura de ajuda especializada e adequada.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Momentos com Chá

Depois de um sábado de manhã mais radical com a aula de Surf com o meu filho Miguel, seguiu-se uma tarde reservada a uma atividade mais pacata com a minha filha Jacinta.
Em véspera do dia dos avós nada como um projeto que tem como centro a família e realizamos uma moldura para colocar fotos. Foi oferecida uma a cada Avô.
A Atmosfera M (Rua Julio Dinis 158/160 no Porto) juntamente com o Atelier de Artes Decorativas Muita Pinta (Rua Santo Condestável, 383, na Maia), realizam os “Momentos com chá”, que entre papeis e boa companhia fazemos coisas lindas. No final uma fatia de bolo e um bom chá não pode faltar.
Aprendendo convivendo, sem dúvida uma experiência a repetir.






sábado, 25 de julho de 2015

Surf em Família

Considero que as vivências na infância são cruciais no desenvolvimento da criança e se refletem durante toda a sua vida. O intenso contacto com a natureza, contribuí muito para a formação da sua sensibilidade e percepção do mundo.Por isso, hoje fomos experimentar uma aula de surf em família. Pensava eu que seria fácil mas enganei-me redondamente. Durante a duração da aula (1.30h), coloquei-me duas vezes em pé na prancha para logo de seguida cair ao contrário do meu filho que conseguiu colocar-se em pé 4 vezes (com uma ajudinha do professor) e continuar na prancha equilibrado durante um bom pedaço de tempo.
Experiência a ser repetida nos próximos meses e aconselho a todos vocês.



segunda-feira, 13 de julho de 2015

Baralho de Cartas

Fomos de férias uma semana e tinha de achar uma alternativa de entretenimento para os miúdos depois de virem da praia sem ser com as novas tecnologias, pois essas ficaram em casa e encontrei no baralho de cartas essa alternativa e funcionou.
Ensinei três jogos: o "Burro em pé" a "Pesca" e o "Queime-se". De referir que o mais jogado foi o "Queime-se" e eles adoraram. 
Experimentem com os vossos filhos e vão ver que eles se divertem e vocês também.





sexta-feira, 10 de julho de 2015

Aplicativos para crianças com Autismo

Novos aplicativos para crianças com Autismo e distúrbios de comunicação.

http://www.ipadfono.com

Fazendinha Sim ou Não
 Fazendinha Sim ou Não contém mais de 300 perguntas que servirão como uma ferramenta para ajudar as crianças na prática de responder perguntas sim / não. As perguntas  neste aplicativo são organizadas em seis categorias.
Este aplicativo é ideal para trabalhar na dificuldade encontrada em muitas crianças com atraso de linguagem que é responder perguntas simples de sim ou não. O Fazendinha sim ou não ajuda ainda na pratica de vocabulário e inferência.

Screen Shot 2014-08-04 at 9.59.14 AM
Aprendendo Funções é um aplicativo  para melhorar a compreensão da linguagem e expressão em indivíduos de todas as faixas etárias. A capacidade de identificar e descrever a função ou o uso de objetos do mundo real é uma habilidade chave na vida e da linguagem. Aprendendo Funções fornece fonoaudiólogos, pais e outros com uma ferramenta para desenvolver habilidades de categorização e descritivos através da interação com imagens e áudio. Através do mesmo aplicativo é possível escolher entre três idiomas: Português, Espanhol ou Inglês.



Screen Shot 2014-07-21 at 2.33.53 PMRespondendo Perguntas foi desenvolvido por uma fonoaudióloga e pode ser utilizado como um recurso para pais, professores de educação especial, ou fonoaudiólogos em ajudar crianças com atraso de linguagem e comunicacao em responder perguntas nos seguintes formatos: Quem, Como, Quando, Onde, e O Quê e Por que. Diversas crianças com atraso de linguagem demonstram dificuldade em responder estes tipos de perguntas e somente através de pratica é que eles serão capaz de apropriadamente responder perguntas apropriadamente.



Este aplicativo é compatível com o iPad ou iPhone.         Este aplicativo inclui 120 imagens, algumas das quais são consideradas “engraçadas” ou que contêm absurdos. A medida que as crianças são apresentadas com as imagens, elas devem identificar e tomar uma decisão sobre a presença ou não de absurdos nas imagens. Crianças com autismo e outros atrasos de comunicação têm dificuldade não só em perceber o humor, mas também em identificar a presença de detalhes inexistentes e descrever imagens.




Este aplicativo foi projetado para ser usado por pais, professores, educadores especiais ou fonoaudiólogos. A atividade pode ser jogada com um ou mais participantes ao mesmo tempo, permitindo um grupo de crianças participarem juntas. Aprendendo adjetivos analisa os resultados e monitora o progresso, que podem ser enviados por email ou impressos. Os conceitos foram segmentados em 8 categorias o que facilita o aprendizado.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Pinturas Abstratas

As crianças têm uma fase muito gira com as pinturas.Podemos contar com manchas por todo o lado...roupa..mesa...parede...cara..e muito mais. Depois da pintura, a minha filha ficou no estado que demonstram as fotos abaixo (já lá vão uns anitos).

A nossa dificuldade prende-se com o facto de conseguir retirar as nódoas de tudo e mais alguma coisa que os miúdos tenham sujado.

Deixo aqui algumas dicas para ajudar na limpeza de nódoas de tinta, canetas, lápis e lápis de cera:
  1. Tirar mancha de lápis ou caneta de cor de uma superfície dura: Basta esfregar com pastilha elástica.
  2. Tirar mancha de lápis ou caneta de cor de moveis: Esfregar com pasta para os dentes...branca.
  3. Tirar nódoas de lápis ou caneta das paredes: Comprar Esponja Apagadora Mágica (existem várias marcas).
Remover nódoas de caneta da roupinha: aplicar laca e lavar normalmente. Podem também colocar a roupa em leite 1 hora e lavar normalmente.



quinta-feira, 2 de julho de 2015

JIL- Jogos Interativos de Leitura

JIL é o acrónimo de Jogos Interativos de Leitura. Tem como objetivos: a) promover a motivação para a leitura e para a escrita; b) desenvolver a linguagem oral; c) desenvolver competências, atitudes e conhecimentos face à linguagem escrita; d) perceber para que serve ler e escrever.O JIL inclui oito histórias, da autoria de Luísa Ducla Soares, apresentadas em formato áudio, e um conjunto de jogos digitais. Não tem como finalidade antecipar o ensino da leitura e da escrita do 1.º ano do 1.º ciclo do ensino básico, mas sim desenvolver conhecimentos e competências que são facilitadores da aprendizagem da leitura e da escrita.O JIL é um recurso para os pais e um guia para a leitura de outros livros. Os diferentes jogos propostos podem ser adaptados a outros contos. Pretende-se que os pais se apercebam do papel fundamental que desempenham no desenvolvimento geral dos seus filhos e em particular no gosto pela leitura, bem como incentivar momentos de partilha entre pais e filhos que apoiem novas descobertas. É importante que as crianças procurem sentidos para o que ouvem ler e para o que veem escrito no seu dia a dia, pois deste modo vão desenvolvendo conceções sobre as funções da leitura e da escrita. Acima de tudo, vão-se apercebendo das portas que a leitura e a escrita podem abrir e dos mundos que podem conhecer sendo leitores. Ler PARA e COM os filhos, associando a leitura a “tempo de mimo” é a melhor forma de motivar para a leitura, fazendo nascer o desejo de ler de forma autónoma.

A quem se destina?
O JIL é destinado a crianças de idade pré-escolar (4 a 5/6 anos) e deve ser jogado em conjunto com os pais ou com outros adultos. Todavia, pode também ser jogado por crianças mais novas ou mais velhas.

O que é preciso para jogar o JIL?
É necessário usar um computador com ligação à internet. Para aceder entre em http://www.rbe.min-edu.ptou http://www.cm-matosinhos.pt. O acesso é livre. Sempre que aceder deixe o seu(sua) filho(a) vê-lo(a) a escrever o endereço e, se possível, deixe ser ele(ela) a digitar (com a sua ajuda) o endereço eletrónico. Quando se inicia a leitura de uma das histórias é necessário escrever o nome do jogador. Ajude o(a) seu(sua) filho(a) a escrever o nome. 
Em alguns jogos são propostas atividades para as quais é necessário usar papel e lápis. Esta informação é sempre dada antes de começar a audição da história. Durante os jogos, é explicado ao seu(sua) filho(a) o que deve fazer. Estas atividades implicam sempre o envolvimento dos pais.


quarta-feira, 1 de julho de 2015

Os 3 Grandes Erros da Escola



Ainda hoje falei sobre este assunto e encontro este maravilhoso texto.


3 GRANDES ERROS DA ESCOLA

Um dos aspectos que tem vindo a ser cada vez mais criticado no sistema escolar actual, passa pela dificuldade em acompanhar e acolher a individualidade dos alunos. Com o ritmo, metas e as estratégias pedagógicas adoptadas, a diferença nas crianças rapidamente se transforma numa limitação. A escola organiza-se de forma padronizada, com uma estrutura rígida e pouca margem para adaptações e ajustes em sala de aula. Favorece essencialmente a repetição e a imitação, ambos sinónimos de pouco envolvimento.  Estamos assim a ensinar às nossas crianças que o bom, é ser e fazer igual. Viver normalizado. Ser um aluno de sucesso, fecha-se em limites rígidos de como agir.
Com pouca margem para compreender a realidade emocional e afectiva das crianças, não existem condições para gerir os seus ritmos pessoais e investir na sua motivação. A criatividade e os gostos e/ou talentos pessoais dos alunos passam para segundo plano. Quem não se adapta, fica naturalmente integrado no grupo dos alunos sem ou com pouco sucesso escolar que, aqui entre nós, felizmente tem vindo a crescer. Talvez seja sinal de que já não é assim tão fácil formatar as crianças de hoje. Talvez tenham mais força para resistir…
2. Viver o presente da criança focados no seu futuro

O segundo erro que mais me assusta na escola é a forma como esta olha para a criança e a sua infância. A forma como vê as suas experiências e vivências presentes. Na realidade, integrar uma criança na escola, é iniciar-lhe um treino intensivo para que um dia possa ser o homem ou a mulher que ainda não é. A criança é vista como um projecto inacabado.
Importa o que ela um dia vai ser, como se não fosse já uma pessoa inteira. Retiramos-lhe, assim, o que ela tem de mais precioso na vida,  o “agora”. À semelhança do burro que caminha atrás de uma cenoura que nunca irá alcançar, também nós adultos fazemos o mesmo. Sacrificamos constantemente o nosso presente em nome de algo que não existe, e que há de vir (se tudo correr bem). Fazer isto às nossas crianças é ainda mais cruel. É de alguma forma, retirar-lhes parte da sua infância. Acresce a esta “visão” a lógica de que a criança tem que rentabilizar e “retribuir” à sociedade o investimento que é feito sobre si. Daí a necessidade de rapidamente a tornar eficaz e produtiva, o que de resto se reflecte nas avaliações a que começa desde logo a ser sujeita e de acordo com as quais passa desde logo a ser valorizada e classificada. Recaem sobre os nossos filhos o peso das expectativas e a angústia do possível fracasso. Da parte da criança, a resistência a essa integração forçada e “cobrança” precoce, traduz-se muitas vezes em comportamentos de desajuste, agressividade e rejeição das regras “dos adultos”.
 3. Acreditar que o sucesso escolar é preditivo de sucesso no futuro
Este terceiro erro atribuo-o essencialmente a nós, pais. A passividade com que por vezes aceitamos a forma de vida na qual estamos integrados, leva-nos a assumir, para nós mesmos, medos, angústias e crenças que a experiência, a ciência, ou a simples observação da realidade nos provaram estar erradas. Sucesso escolar não é sinónimo de felicidade.

Sucesso escolar não é sinónimo de sucesso na vida adulta. Podemos, sim, considerar que eventualmente trará melhores oportunidades de trabalho, de remuneração, de carreira promissora. No entanto, é tão fácil encontrar pessoas com carreiras brilhantes mas que escondem depressões, tristeza e insatisfação com as suas vidas, quanto é fácil encontrar pessoas com trabalhos simples, um orçamento apertado, mas que vivem o seu dia-a-dia com alegria, carinho e plenitude.
Quando nós, pais, passamos a acreditar que o sucesso dos nossos filhos se traduz em boas notas, esquecendo que o sucesso está em aprender (porque os nossos filhos estão suficientemente saudáveis e felizes para o fazerem), validamos as avaliações e passamos a atribuir aos nossos filhos um valor em números. Valor esse que nos chega da escola. Saímos do registo saudável do “aprender pode ser bom e saboroso” para o “ter boas notas é importante para o futuro”. Para termos melhores alunos, é no gosto pela aprendizagem que devemos focar-nos, e não tanto na avaliação dos resultados. O que acontece actualmente é que o desejo natural de aprender é “sufocado”, por um sistema desadequado, competitivo e excessivamente exigente. E as nossas crianças entram rapidamente numa corrida desenfreada mas sem rumo, como se de ratinhos numa rodinha se tratassem. Como se isso fosse, um dia, fazê-las feliz.
Há que considerar que no primeiro ciclo, a criança encontra-se numa fase de grande desenvolvimento emocional e vive uma série de conflitos intrapsíquicos que exigem compreensão, aceitação e validação do seu “sentir”. Contrariamente, a escola põe o foco em aprendizagens racionais e passa a mensagem de que importante não é sentir, nem pensar, mas receber do outro o que já está “colectivamente” pensado. O que nós, pais, deveríamos ter como principal preocupação seria que os nossos filhos ultrapassem estes desafios emocionais com sucesso.  Isso sim, é um bom preditivo de uma vida adulta saudável. E uma vida adulta saudável é preditiva de relacionamentos saudáveis, uma boa auto-estima, uma grande vontade de construir e de contribuir positivamente para o próprio e para a vida das pessoas à sua nossa volta. Pessoalmente, é a isto que eu chamo sucesso. As consciências estão a mudar.
É preciso refletir se as escolas de hoje não continuarão a servir um propósito de ontem, estruturando-se como fábricas de trabalhadores, para uma organização social que entretanto já mudou. Este modelo de escola foi importante, até fundamental, durante um período da nossa história. Entretanto, a estrutura social e as consciências continuaram a evoluir. Não terá chegado a hora da escola fazer o mesmo?
A curiosidade por novos modelos pedagógicos tem vindo a crescer. A procura de colégios seguidores do Método Montessori, da Pedagogia Waldorf ou Movimento da Escola Moderna, são alguns exemplos. Uma curiosidade crescente, mas ainda com pouca projecção a nível nacional.
No entanto, parece-me que não deixará de marcar a sua posição, numa altura em que pais e professores se sentem desconfortáveis com a realidade actual. “A ver vamos…”
Eu quero acima de tudo, que a minha filha seja feliz, hoje e sempre.
Por Ana Guilhas, Psicóloga Clínica