As ideias apresentadas neste blog são meramente indicativas e não terapêuticas.
Cabe portanto, aos pais, a procura de ajuda especializada e adequada.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Os Anjos não comem Chocolate

Li este livro de uma só vez, mas com um aperto no coração. O livro conta a história de vários pais que perderam filhos. A jornalista Andreia Sanches, em jeito de reportagem, captou muito bem a história de cada um daqueles pais e de cada um daqueles filhos. Conheci alguns destes pais ligados à associação a “Nossa Âncora”, que infelizmente fechou portas. Convivi com o luto da minha mãe que perdeu dois filhos. Talvez para compreendê-la, dediquei-me ao estudo do luto, realizei uma monografia com o título “Da desorganização à reorganização no Luto” e fiz várias palestras sobre o tema. Agora que sou pai cada vez mais compreendo a minha mãe e todos os outros pais que perderam os seus filhos. Compreendo, mas continuo a dizer que só quem passa pela morte de um filho é que sabe verdadeiramente o que é.
Aconteceu a muitas mães depois de lerem este livro, terem ido a correr a abraçar os seus filhos.
Quero referir apenas que o título faz todo o sentido depois de algumas páginas lidas. Histórias verídicas que nos marcam o coração e que espelham tudo o que a Vida nos pode trazer: a morte, a dor mas também a esperança em dias melhores.



quarta-feira, 20 de maio de 2015

Às Educadoras

A fazer arrumações, encontrei o livro de finalistas da creche do meu filho. Abri-o e entre fotos e desenhos estava um delicioso texto da educadora que vos escrevo abaixo. Obrigado por tudo Educadora Maria Helena.

Hoje, chegaste ao fim de uma etapa que começaste a percorrer nos braços da mamã e do papá.
Iniciaste o teu mundo de aventuras gatinhando pela casa, mexendo em tudo o que estava ao teu alcance, tentando abraçar o mundo.
Certo dia passaste pela primeira vez as portas desta creche, e nela descobriste outros meninos que, como tu, estavam também prontos para percorrer um caminho que parecia muito longo e, se hoje olharmos para trás, não foi assim tanto.
Era um caminho de subida, uma ascensão às vezes com marcha atrás, onde sem te deteres, fizeste muitos amigos.
Aqui foste cientista, bailarino, desportista, cantor, às vezes super-herói, ou ratinho ou o que quer que a tua fantasia tenha criado.
E, nesta montanha que subimos juntos, coube-me a mim acompanhar-te.
Tentei estar atenta às tuas necessidades, guiar-te no caminho, afastar-te dos perigos, dar-te a minha mão e pôr à tua disposição todas as ferramentas necessárias ao teu crescimento.
Espero do coração não te ter desiludido e ter respondido aos teus chamamentos.
Por fim, chegámos ao cimo, ao mais alto desta etapa.
Devo soltar a tua mão, mas sei que outras mãos te estão esperando para seguires caminho até mais acima.
Já estás pronto para começar outra etapa, mil caminhos se abrem para ti.
Segue em frente e, cada vez que olhares para trás, verás que esta creche terá sempre as portas abertas e aos teus ouvidos chegarão ainda canções que cantámos juntos.
Digo-te até sempre e guardo-te no meu coração.

EDUCADORA
MARIA HELENA




segunda-feira, 18 de maio de 2015

Cada um dá...


A Culpa (não) é Sempre dos Pais

Com as ultimas noticias sobre os nossos jovens, muitos são aqueles que culpam os pais.
Ainda há poucas décadas, quando as crianças voltavam da escola encontravam sempre alguém à sua espera em casa;normalmente era mãe,a qual, mal os observava, sabia se tinha acontecido alguma coisa. As crianças eram conscientes de que não podiam lanchar ou jantar qualquer coisa, comeriam o que lhes tinham preparado; veriam a televisão durante um certo tempo ou brincariam com os irmãos, vizinhos ou amigos quando tivessem feito os deveres e iriam para a cama a uma hora determinada...
Não vou entrar em considerações sobre se a situação atual é melhor ou pior; é diferente!
Na maioria dos casos, os pais trabalham fora de casa, por vezes muito longe de casa; estão submetidos a continuas pressas, pressões e tensões, que muitas vezes os impedem de compatibilizar os seus horários com os dos filhos, ou que apenas lhes permitem fazê-lo com grandes dificuldades.
A vida em casa converte-se numa correria, quando não numa angústia permanente. Os pais não podem mais!E as peculiaridades dos filhos desestabilizam a vida familiar:

  • Não podem ficar doentes, pois não têm quem fique com eles!
  • Não podem brincar, porque não há tempo!
  • Não podem ter dificuldades na escola, têm de ser os primeiros!
  • Não podem ter um problema, porque seria um drama!
  • Não podem sentir necessidade de falar, porque não têm quem possa ouvi-los!
  • Tanto os pais como os filhos nem sequer conseguem respirar!
A maioria das profissões não se consegue ter um horário facilitado ou reduzido, a realidade é que muitos pais se sentem prisioneiros. Sem tempo para si ou para os filhos; sentem-se ultrapassados, apesar dos seus enormes esforços para «chegar» a todos os sítios, a todas as situações, a todos os problemas; no fim, o sentimento resultante é o de impotência e culpabilidade.
Mas a culpa não é sempre dos pais.


sábado, 16 de maio de 2015

Com Muita Pinta

A Muita Pinta, é um loja situada na Maia, que se dedica à realização de Workshops e formação em Atelier nas várias técnicas de artes decorativas (Quilling, scrapbooking, patchwork embutido, decoupage,etc).
Nela realizam-se várias atividades para os mais novos mas também para os mais graúdos. Divirtam-se juntamente  com os vossos filhos aproveitando para criarem convites, lembranças artesanais.
Uma vez por mês (normalmente na primeira sexta feira do mês), realizam o Momentos com Chá, evento onde em jeito de clube, se junta um salutar convívio e a vontade de partilhar o gosto pelos trabalhos manuais à volta do chá.
A Nathalie e a Paula estão à vossa espera com muitos sorrisos e doses elevadas de simpatia.






















www.facebook.com/muita.pinta

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Video violento que chocou o país

Relativamente ao video violento em que um jovem é agredido na Figueira da Foz,deixo uma frase: 

"O que se faz agora com as crianças é o que elas farão depois com a sociedade". Karl Mannheim.

O que fizemos nas ultimas duas/ três décadas com as nossas crianças estão agora elas já adolescentes ou adultos, a fazer com a sociedade.
Já em 1994 o psiquiatra Daniel Sampaio escrevia o livro "Inventam-se novos pais" em que este indica caminhos para que os pais modernos, que quase não têm tempo, ocupados com tarefas profissionais, acompanhem o processo de transformação das suas crianças em adultos.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

O Gato Matias

Os animais de estimação trazem inúmeras vantagens às nossas crianças. As crianças que crescem com animais de estimação desenvolvem mais competências a nível social e de comunicação não verbal, vêm promovidas as suas relações afetivas e emocionais, tendo isso efeitos diretos na sua auto-estima.Os animais tornam-se companheiros fiéis e confidentes , parceiros de jogos e brincadeiras e gostam quase “sem limites” dos seus donos. Com os seus animais de estimação, as crianças partilham alegrias e tristezas, medos, raivas e desgostos, bem como os seus próprios pensamentos.
O Matias é um gato persa que adquiri a um casal amigo.Nasceu no mesmo dia da minha filha ,no dia 25 de Abril. Dizem que  escolhem uma pessoa para seu "dono" adivinhem quem é que ele escolheu? A minha filha.
O que me levou a escolher esta raça, foi que eles têm uma natureza doce e gentil e uma personalidade descontraída. São carinhosos e desfrutam da companhia dos seus donos. Acreditem que os meus filhos fazem trinta por uma linha com o gato e ele nunca os arranhou ou mordeu.
Quem poder ter um cão aconselho, pois estão sempre disponíveis para a interacção e exibem muitos comportamentos que os aproximam dos humanos. A criança sente-se amada e compreendida- um cão está sempre disponível sem exigir nada em troca.
Ter um animal requer alguns cuidados e devem passar alguns desses cuidados para as crianças, como por exemplo: colocar a água, a comida e até limpar o cócó. Assim estimulam a autonomia e a responsabilidade na criança.