As ideias apresentadas neste blog são meramente indicativas e não terapêuticas.
Cabe portanto, aos pais, a procura de ajuda especializada e adequada.

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Distúrbios do sono nas crianças

Em cada idade o sono tem características diferentes. O recém-nascido, por exemplo, dorme de dezasseis a vinte horas por dia, enquanto o jovem adulto dorme oito e o idoso apenas seis ou sete horas.
O sono do bebé é mais longo e diferente do sono dos adultos. Os pais costumam notas que os seus filhos são mais ativos e expressivos mesmo quando estão a dormir. Produzem uma variedade de expressões faciais, incluindo sorrisos, caretas e outras. também fazem ruídos e movimentos. Isso ocorre pois, nos bebés, o processo de inibição das atividades motoras ainda não está amadurecido.
Para a maioria dos pais, um grande marco da infância é a primeira vez que o filho dorme durante uma noite inteira. Em geral, isso não acontece antes dos três meses de idade. Entre os três meses e um ano, a criança estabiliza os seus hábitos de sono, mas ainda não de forma contínua, pois a maioria costuma acordar pelo menos uma vez, exigindo a atenção dos pais.
Os distúrbios do sono estão às vezes relacionados com angústia de separação (a noite é o momento por excelência na qual, ao acordar, a criança tem consciência de estar sozinha) e/ou como resultado de uma mudança nas circunstâncias da família que submete a criança uma tensão extra.

Algumas técnicas que ajudam a criança a dormir:
  • Estabelecer um ritual associado à hora de ir dormir: dar um copo de leite, vestir o pijama, contar uma história, cantar uma canção de embalar, etc...
  • Deixar acesa uma luz bem fraquinha. Não é raro a criança se sentir abandonada quando não consegue enxergar os objetos familiares no quarto escuro.
  • Dar à criança um "objeto de transição": um peluche, um travesseiro ou uma fralda. A função do objeto de transição é suavizar o momento separação dos pais na hora de ir para a cama. Este objeto transmite uma sensação de calor, conforto e segurança.
  • Não dar achocolatados e refrigerantes antes da criança dormir.
  • Não ficar disponível demais para a criança durante a noite. Se ela fizer manha ou chorar, espere um pouco antes de entrar no quarto.
A falta de sono em crianças nem sempre causa sonolência durante o dia, podendo apresentar um conjunto de sintomas muito enganador: o de hiperatividade, dificuldade de relacionamento, irritabilidade e agressividade. Em geral, não se conseguem concentrar quando interagem com adultos e na escola.

terça-feira, 30 de dezembro de 2014

A criança que urina na cama

Chama-se enurese noturna o ato de urinar na cama à noite  de maneira involuntária.
A enurese é primária se a criança ainda não tinha aprendido a ser asseada (a data normal desta aprendizagem é o segundo ano de vida). Entre os 3 e 4 anos pode considerar-se um simples atraso. Depois dos 4 anos a enurese é indiscutível. A enurese chama-se secundária quando se manifesta depois de um período mais ou menos longo de asseio.
Em primeiro lugar devemos excluir a hipótese da enurese ter uma causa orgânica entre elas, a diabetes e problemas no aparelho urinário. Deve-se, portanto, consultar um médico para eventualmente afastar essa possibilidade.
Se fisicamente a criança não apresenta problemas, as razões que a fazem perder o controle urinário à noite podem ser de origem emocional, devendo-se então, verificar se não há condições que possam causar ansiedade ou medo na criança, como por exemplo, a entrada na escola, discussão entre os pais e separação. Por vezes estes fatores são tão difíceis para a criança,que à noite poderá ter o sono agitado em função do stress enfrentado durante o dia.
Como consequência pode não perceber os sinais de bexiga cheia e a vontade de urinar, durante o sono.
Por outro lado, a enurese pode ser produto de um comportamento regressivo por parte da criança.
Temos por exemplo, quando nasce um irmão, a criança pode achar que os pais já não lhe dão atenção e em função disso, passa a comportar-se " como um bebé", voltando a urinar na cama.
Seja qual for a causa, nunca devemos bater, repreender ou ridicularizar a criança, pois além de não surtir efeito, poderá agravar o caso.
Os pais devem tentar verificar qual a provável causa da enurese e se possível tentar resolvê-la.



A criança filha de pais separados

Actualmente assiste-se cada vez mais a crianças com os seus lares desfeitos. Quanto mais perturbados forem os últimos meses de um casamento infeliz e consequente divórcio, maiores serão as possibilidades de haver sequelas no comportamento infantil.
Muitas das vezes a separação é realizada de maneira brusca, com ressentimentos mútuos, onde a criança é colocada numa posição de arbitro. Quando está com a mãe, esta só fala mal do pai e vice-versa. A criança fica num conflito de lealdade, pois não podendo tirar partido de um dos lados, poderá então, manifestar uma alteração no seu comportamento.
São muitos os casos de enurese noturna (urinar na cama à noite), fobia escolar, baixo rendimento académico, medos, tiques nervosos, causados por conflitos familiares.
Outro factor devastador no universo emocional infantil é quando, após a separação, o pai deixa de visitar a criança. Às vezes é a mãe que não permite, outras é o pai que, como forma de agredir a ex-mulher, passa a não visitar os filhos.
O divórcio em si já causa bastante ansiedade na criança, modifica o padrão de vida da família, podendo vir a mudar de casa e ainda ficar privada da presença do pai. O facto de não receber as visitas do pai,causa a sensação de que, de alguma maneira, foi responsável pela separação dos pais. É um sentimento de culpa muito pesado para ser carregado por uma criança.
A melhor forma de lidar comeste problema é ir preparando a criança para a provável separação, explicando-lhe as mudanças que vão acontecer na sua vida.não é preciso falar sobre o motivo, o ideal é falar que "o pai e a mãe já não se gostam como marido e mulher, porém gostam dela da mesma maneira".
Deixe que a criança faça perguntas sobre o que vai acontecer com ela, para um ajuste aos poucos às mudanças que ocorrerão.
Por mais difícil que seja, o casal deve portar-se amigavelmente tendo em vista o bem-estar dos filhos.


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Estimulando a inteligência do bebé

Todo o esforço para estimular o bebé é interessante, mas os pais não devem forçar a criança. A aprendizagem também depende do afeto: se a mãe conversar com carinho com o bebé e o tratar como um ser inteligente, é claro que ele vai responder a esses estímulos de forma carinhosa e inteligente.

Dicas para estimular a inteligência do seu filho:

  • Durante a gravidez- O bebé ouve a partir do quinto mês de gravidez e conversar faz com que ele se acostume à voz do pai e da mãe. Se contar histórias simples e repetidas, depois do nascimento ele pode até ficar mais calmo quando as ouvir novamente.
  • 0 aos 3 meses- Quando o bebé chorar, fale para mostrar que está por perto antes de atendê-lo. Cante e converse com o rosto perto dele. Massajá-lo desenvolve o tacto e a capacidade afectiva. Use brinquedos e dê objectos  de cores vibrantes para ele pegar, como mordedores e chocalhos.
  • 3 aos 6 meses- Ele já segue os objectos com o olhar. Brincadeiras "escondeu-apareceu" ajudam-no a controlar os sentimentos de tristeza pela perda e de alegria por reencontrar o objecto. Os pais devem conversar com ele com bastante frequência.
  • 6 aos 12 meses- É a altura em que a área da linguagem está no seu momento chave. A partir do sexto mês, o bebé mostra firmeza para sentar e os pais devem estimulá-lo a gatinhar.Devem ajudá-lo também a reconhecer sons, odores e sensações tácteis.
  • 12 aos 18 meses- É a fase em que o bebé começa a andar e a pronunciar as primeiras palavras. Os pais devem estimulá-lo a usar a linguagem e desenvolver a sua coordenação motora.
  • 18 aos 36 meses- Os pais podem utilizar cartolinas para familiarizar a criança com as palavras e com os números.
  • 3 aos 6 anos- A criança é capaz de entender notas musicais e deve brincar com instrumentos simples, como a flauta. É um bom momento para que ela comece a se familiarizar com uma língua estrangeira.
Da gestação até aproximadamente aos seis anos, a mente está no seu melhor momento para assimilar novas informações. Quanto mais os pais conversarem com a criança e propiciarem uma estimulação adequada, melhor será o seu futuro.