A criança é bastante imediatista. Quando deseja alguma coisa tem de ser satisfeita quando e como ela quer. Ao mesmo tempo, o que era importante há 10 minutos atrás, passado esse tempo, já não tem mais importância, pois já está interessada em outra coisa nova.
Os pais quando colocam limites, quanto ao que comprar, quando e porquê, vão ensinando a criança a perceber o que é importante, o que é caro, o que é possível e o que é necessário.
Este é o papel do educador, que vai formando o indivíduo para o futuro.
O grande problema coloca-se quando os pais, por se sentirem em falta com a criança, por vezes, por não terem tempo, outras vezes por serem pais separados, não conseguem impor limites aos pedidos, cedendo sempre às vontades da criança. A criança não aprende o valor das coisas, não aprende a esperar e acaba por não aproveitar o que pediu, pois tudo lhe vem de forma muito fácil. O mais grave é que fica com a noção de que afeto é igual a ganhar coisas, e a sua noção de amar e ser amado ficará deturpada. Irá crescer achando que pode ter tudo o que quer. Que o mundo está aqui para servi-la, cabendo-lhe apenas o papel de pedinte e não de conquistar pelos seus próprios méritos o que deseja.
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